Vasculhando o passado
Lembram que disse ter me mudado recentemente?
Vasculhando umas caixas pra tentar colocar meu escritório em ordem, encontrei uma espécie de díário. O ano era 2004, verão Lisboeta. Morava lá nessa época.
Ai vai, puro e sem alterações:
..."Meu sonho é ser feliz. Não que eu ache dificil mas por vezes complicado. Obstáculos naturais no círculo da vida, pessoas e a maioria das vezes por nós mesmos. Somos mestres na arte de complicar. Eu na verdade acho que tenho investido demais com todoas as forças possiveis; naturais, irreais e até as surreais, ou seja, compliando tudo.
O amor deveria ser um sentimento puro, fácil, singular. Livre de qualquer outro que ousasse interferir em tal magnitude. Mas não é bem assim. O amor chega as vezes de mansinho, outras de supetão e o problema é que quando você se da conta e pensa que assimilou ele vem e te puxa uma rasteira, ai você que se acha macaco velho e gato escaldado acha que é só uma questão de tempo, mas descobre que nesse tempo, você fica sem chão, abala as estruturas e te destroe a confiança. Ok. Chega a parte boa e percebemos que essa dor te fez crescer mais um pouquinho e que você é sim capaz de se entregar, de sonhar, que um amor é sempre diferente do outro na intensidade, carinho, atenção, na cumplicidade. Descobre que o que antes era importante, hoje já não é mais e vice versa, descobre que coca diet pode ser bom e fazer amor pode ser apimentado ou suave e que um não é melhor que o outro, são apenas ótimos, que hoje você ama azul e antes era o branco que reinava em seu guarda roupas e provavelmente, e que bom, amanhã você já mudou de idéia.
Aprende a dar valor a tudo e a todos e que dar valor pra você mesma é mais difícil do que aquela sua amiga sempre dizia, mas é fundamental. Descobre que colo de mãe e pai serão sempre os melhores, que chorar na cama não é coisa de criança, mas que dirigir embriagado mata, diferente do que dirigir apaixonada a vida que você ganhou de presente.
Amor é bom demais, transforma agente, faz o tempo parar só para o "nós".
E lembranças, ah as lembranças.
Já imaginou quantos gibabytes tem nossa memória? ..."
by me, direto do túnel do tempo.
Vasculhando umas caixas pra tentar colocar meu escritório em ordem, encontrei uma espécie de díário. O ano era 2004, verão Lisboeta. Morava lá nessa época.
Ai vai, puro e sem alterações:
..."Meu sonho é ser feliz. Não que eu ache dificil mas por vezes complicado. Obstáculos naturais no círculo da vida, pessoas e a maioria das vezes por nós mesmos. Somos mestres na arte de complicar. Eu na verdade acho que tenho investido demais com todoas as forças possiveis; naturais, irreais e até as surreais, ou seja, compliando tudo.
O amor deveria ser um sentimento puro, fácil, singular. Livre de qualquer outro que ousasse interferir em tal magnitude. Mas não é bem assim. O amor chega as vezes de mansinho, outras de supetão e o problema é que quando você se da conta e pensa que assimilou ele vem e te puxa uma rasteira, ai você que se acha macaco velho e gato escaldado acha que é só uma questão de tempo, mas descobre que nesse tempo, você fica sem chão, abala as estruturas e te destroe a confiança. Ok. Chega a parte boa e percebemos que essa dor te fez crescer mais um pouquinho e que você é sim capaz de se entregar, de sonhar, que um amor é sempre diferente do outro na intensidade, carinho, atenção, na cumplicidade. Descobre que o que antes era importante, hoje já não é mais e vice versa, descobre que coca diet pode ser bom e fazer amor pode ser apimentado ou suave e que um não é melhor que o outro, são apenas ótimos, que hoje você ama azul e antes era o branco que reinava em seu guarda roupas e provavelmente, e que bom, amanhã você já mudou de idéia.
Aprende a dar valor a tudo e a todos e que dar valor pra você mesma é mais difícil do que aquela sua amiga sempre dizia, mas é fundamental. Descobre que colo de mãe e pai serão sempre os melhores, que chorar na cama não é coisa de criança, mas que dirigir embriagado mata, diferente do que dirigir apaixonada a vida que você ganhou de presente.
Amor é bom demais, transforma agente, faz o tempo parar só para o "nós".
E lembranças, ah as lembranças.
Já imaginou quantos gibabytes tem nossa memória? ..."
by me, direto do túnel do tempo.
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