Momentos Críticos

Como saber se sabemos realmente lidar com momentos críticos?
Se alguém souber, please, me responda por que eu definitivamente não sei, se sei.
Qualquer que seja o assunto ou situação crítica. Como saber até onde ir, ferindo ou não sua natureza comportamental? Sejam os quatro centavos que o caixa da farmácia se acha no direito de não te devolver, pq não tem moedas de um centavo, seja numa situação profissional onde seu colega insiste em intrometer-se na sua área. Qualquer que seja a situação você terá no mínimo duas reações: pedir os seus quatro centavos do troco que lhe é direito, afinal se você não tivesse os quatro centavos provavelmente não levaria para casa o prescrito remédio; chamar o colega e tentar esclarecer de maneira respeitosa e profissional o porquê diabos se intromete tanto no seu segmento ou o famoso "deixa pra lá". Mas ai eu me pergunto: Deixar pra lá os quatro centavos e permitir invasões no seu trabalho não é, de certa maneira, o mesmo que comprar CD pirata e alimentar uma cadeia gigante de drogas e criminalidade? Não é o mesmo que achar bonitinho ou engraçadinho quando seu filho faz algo errado, onde o mais sensato seria chamá-lo e explicar o certo a ser feito e mais importante, o pq daquilo ser errado?
Sinto nos últimos tempos que as pessoas andam como se estivessem pisando em ovos. Temendo qualquer situação desconfortável, por vezes dizendo ou fazendo o que não acreditam e não vai de encontro aos seus mais profundos valores só para evitar os tais momentos críticos. Não digo aqui, que tal comportamento deva ser expulso, aniquilidade de nossas vidas, não. Acho que determinadas situações simplesmente não temos como escapar. Mas avisar um desconhecido que o zíper do jeans esta aberto, talvez seja muito mais desconfortável de se ouvir do que se dizer, sem falar do quanto você pouparia tal desconhecido de um fatal embaraço.
E nas relações. Família, pai, mãe, irmãos, marido, filhos. Como saber quando e como dizer que infelizmente dessa vez não vai dar para emprestar mais uma grana, ou que você já se sentiu muito as margens do que julga real e satisfatório no trato familiar, ou explicar para o seu marido que não, você não é uma retardada mental ou sofre de distúrbios econômicos financeiros e está perfeitamente apta para dividir decisões financeiras no presente e que seus conceitos financeiros apesar de por vezes parecerem insanos aos olhos dos outros, prezam tão somente  ações ávidas por um futuro tranquilo e consolidado em estrutura inabalável até para o Tsunami no terremoto do Japão que chegou a 8.9 na escala Richter.
Não precisar ser 8 ou 80. Em qualquer situação pode-se tranquilamente chegar ao um perfeito 30 e poucos. O clássico nem tanto ao céu nem tanto a terra. Se calhar, um lamaçal pode ser uma deliciosa e inteligente decisão.
Mas ainda fica outra dúvida. Será que o caixa da farmácia, o colega do trabalho e marido estarão dispostos ao meio termo?
Who knows?
Ótima semana para todos.
..."O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete.”.
Aristóteles

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