Estabilidade Emocional

Conversava noutro dia sobre o assunto. Perguntas interessantes não saiam da minha cabeça. Será que todo aquele que alcança a tão sonhada estabilidade emocional mantem-se linear sem altos e baixos? Em minha opinião, não. É claro que aqueles que se encontram no adjetivado momento “preparado emocionalmente”, muito fez evidentemente para chegar lá. Psicoterapia,  títulos de autoajuda que não faltam nas livrarias, sem falar nas mesas de bar entre amigos onde encontramos grandes filósofos da vida corriqueira. Seja qual for o caso, este “ser de luz”, invejado por tantos chegou lá. Ótimo! Mas a dura e cruel realidade da vida nos faz quase que diariamente perder o controle e sair do salto. Seja o trafego que massacra com ou sem manifestações, seja o desgaste da profissão, seja na relação familiar, lá estará em algum momento, mais uma pedra no sapato testando a paciência e tentando puxar o tapete da sonhada qualidade e equilibro da vida.
Tenho vivenciado o cansaço e esgotamento do meu marido. Noutra noite perdeu o sono e quando era 03h20m da madrugada me beijou e foi trabalhar. Pela manhã me disse que preocupado com certos assuntos da empresa não conseguia dormir e entre fritar na cama e mergulhar no trabalho optou pela segunda. Saiu neste dia da empresa depois das 22hs, mais de 20 horas trabalhadas num único dia. O certo ou errado neste ou em qualquer outro caso não configura. Meu marido é um homem de resultados, não importa como ou onde ele vai fazer. Preguiça simplesmente não existe no seu vocabulário agitado, nem dele nem de tanta gente que conheço.
Penso que estabilidade emocional esta diretamente ligado à consciência e bom senso. Vivemos no mundo da tecnologia, que claro, nos facilita a vida, nos deixa antenados 24hs por dia e conectados 100% do tempo. Somos a geração dos super smartphones e tablets, Smart TV´s e afins, vivemos a era digital. Tudo ao nosso redor é ou será dinâmico. Estamos in technology somos parte inferior ou se preferir somos a holografia que compõem estes devices ultramodernos, somos coadjuvantes usuários e eles (os devices) a cereja do bolo.
Maravilha! Será? Ai entra o bom senso. Estas maravilhas nos afastam do contato humano, vivencio sempre em ocasiões distintas grupos de amigos ou familiares juntos e completamente separados pela tecnologia. Noutro dia, numa reunião da minha família, meus sobrinhos à mesa, digo mesma mesa, conversavam via seus smartphones, cada qual no seu universo, absortos de qualquer presença física.
Não digo ser positivo ou negativo, digo que bom senso é fundamental para se ter a consciência necessária, infelizmente apenas para alguns, da tão desejada estabilidade emocional.
Complicado? Acho que sim, mas vale a pena refletir um pouco sobre o assunto.

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